O sistema plantio direto (SPD) abrange um conjunto de processos tecnológicos que busca explorar os sistemas agrícolas para promover o manejo conservacionista do solo. Cujos princípios consistem em: não revolver e solo, exceto a semeadura ou fileiras, a manutenção da cobertura permanente do solo, a diversificação das culturas por rotação ou consórcio de culturas, a adoção do processo de colheita-semeadura conjunta para reduzir o intervalo de tempo entre as operações (MIGUEZ, 2018).
De acordo com o USDA, “o gerenciamento de campos usando plantio direto por vários anos geralmente tem uma maior capacidade de retenção de água”. Isso é crucial em áreas propensas a secas, onde a escassez de água está ligada à perda de colheitas. Além disso, a adoção de plantio direto reduz a erosão e a compactação do solo, ao mesmo tempo em que aumenta a atividade biológica do solo e a matéria orgânica do solo. A matéria orgânica do solo é um dos fatores mais cruciais para solos produtivos e solos produtivos podem levar a maiores rendimentos.
Com a utilização de máquinas, no sistema convencional de produção agrícola, os complexos estáveis de C no solo podem quebrar e expõe o carbono orgânico do solo a uma decomposição mais rápida. O tráfego intenso pode aumentar a compactação do solo e a susceptibilidade à erosão da água e do vento e os custos operacionais da energia podem ser elevados. Além disso, o sistema intensivo de produção tem frequentemente um impacto negativo na biota e estrutura do solo (OLSON et al. 2014). O presente estudo objetivou realizar uma revisão de literatura, em que serão abordados os seguintes temas: 1) SPD junto à plantas de cobertura afetam a qualidade do solo e as mudanças climáticas e 2) Perspectiva do Sistema Plantio Direto no Mundo.