A expressão “às margens da sociedade” soa como algo familiar? Há seres às margens da sociedade? Percorrer esses contextos e explicitar o conhecimento construído materializa processos formativos de estudantes e suas transformações.
Conhecer os contextos das grandes massas populares deveria ser cada vez mais oportuno para seres potencialmente mediadores de transformações, como o são os estudantes, sem dissociar estes da relação, se compromissada, com educadoras e educadores. Já ressalto que aqueles se transformam também ao decidirem trilhar sua formação em caminhos ao lado de grupos em situação de vulnerabilidades (das mais diversas), a não ser que estejam mergulhados numa alienação que os cegue e não permita querer enxergar o que está na cara.
Chegar nesses grupos sociais, mediar o diálogo para construção de conhecimentos, ativar o modo empatia, se permitir escutar, facilitar a “denúncia” (e também se revoltar) e provocar anúncios que sinalizem possibilidades de libertação, é ao mesmo tempo instigante e inquietante. É uma provocação a refletirmos sobre o que fazer de um profissional e sua responsabilidade na mediação do processo de conscientização de grupos sociais vulneráveis.