Este livro é fruto das observações que fiz em 2013 e 2014 no município de Itaberaí – Goiás, naquele momento eu estava desenvolvendo uma etnografia no grupo carnavalesco Zé Pereira, que no ano seguinte viria se tornar minha dissertação de mestrado no programa de Performances Culturais na EMAC/UFG. Foi um amigo que me disse: “nossa existe uma poética neste seu caderno de campo”. Parte deste material virá a seguir, por isso há uma mistura de sensações, análises, ou descrições, elas se integram a necessidade de demonstrar sinteticamente o que é o Zé Pereira a partir de narrativas que já estão no passado do grupo, muitas ações modificaram, o grupo hoje possui uma sede, faz inscrições dos foliões via computador, são acompanhados por bombeiros e polícia militar, estão juridicamente organizados em uma instituição que intitularam de Associação do tradicional Zé Pereira de Itaberaí, mas sua complexidade, alegria carnavalesca, vigor, ainda permanecem como antes.