A alimentação humana deve estar pautada nos princípios de uma alimentação saudável, ou seja, aquela que fornece água, carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas, fibras alimentares e minerais, indispensáveis e insubstituíveis ao bom funcionamento do organismo, respeitando atributos básicos como acessibilidade física e financeira, sabor, variedade, cor e segurança sanitária, além de preferências e escolhas individuais. Entretanto, algumas situações clínicas impõem restrições ao consumo de alimentos devido as suas características químicas e/ou físicas. Nestes casos, é necessária a elaboração de prescrição dietética para estabelecer uma dieta específica para cada situação.
Este material tem como objetivo demonstrar de forma clara as dietas hospitalares, de acordo com a patologia, as necessidades nutricionais e a evolução clínica.
A dietoterapia é o tratamento dos indivíduos portadores de determinada patologia através de uma alimentação adequada, considerando-se não só a doença, mas também as condições em que se encontra o indivíduo.
Para uma dietoterapia efetiva deve-se levar em consideração vários aspectos: hábitos alimentares (cultura, ambiente e idade do paciente), perfil sócio-econômico, história clínica (sinais e sintomas), condições do aparelho digestório (para adequar a consistência e frequência) e diagnóstico clínico (anamnese alimentar, antropometria, exames clínicos e laboratoriais e cálculo das necessidades nutricionais). É interessante o paciente ser orientado em relação o que está sendo feito para ele se sentir responsável pelo tratamento.
Devemos desmitificar o conceito de “Comida de hospital”. A alimentação deve ser atrativa sensorialmente e o paciente respeitado como se fosse um cliente.