Este artigo realiza uma análise existencialista do filme Luz de Inverno (1963), de Ingmar Bergman, com foco nas questões de angústia, fé e dúvida. A pesquisa segue uma abordagem qualitativa e bibliográfica, empregando análise interpretativa para discutir como o filme reflete a busca por sentido diante da incerteza e do silêncio de Deus. A narrativa acompanha o pastor Tomas Ericsson, um homem atormentado pela perda da fé e pela sensação de vazio existencial, ilustrando dilemas filosóficos discutidos por pensadores como Søren Kierkegaard, Jean-Paul Sartre e Martin Heidegger. O estudo examina como Bergman utiliza a cinematografia para expressar crises existenciais, explorando temas como solidão, desesperança e a relação entre liberdade e responsabilidade. Os resultados indicam que Luz de Inverno permanece uma obra atemporal ao abordar questionamentos universais sobre o sofrimento humano e a ausência de respostas definitivas. A análise revela como o cinema pode ser uma ferramenta para refletir sobre a condição humana.