Desde o advento da pandemia do novo coronavírus, iniciaram-se estudos sobre todos os possíveis danos que o vírus da SARS-COV 2 poderia causar. Este vírus, danifica os cardimiócitos, tanto pela manipulação da enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2), presente na superfície celular do músculo cardíaco, quanto pela grande quantidade de citocinas liberadas e hipóxia das células cardíacas, gerando variações eletrocardiográficas. Este trabalho tem como objetivo relatar as alterações eletrocardiográficas mais comuns em pacientes admitidos com o vírus SARS-COV 2. Foram utilizadas as estratégias de análise de dados nas plataformas BVS, Google Scholar, SciELO, Lilacs e Medline, agregando estudos científicos e relatos de casos ocorridos entre abril 2020 e maio 2021, usando as palavras-chaves ‘COVID’ e ‘ECG' ou ‘eletrocardiograma’. Esta revisão de literatura descreve a fisiopatologia subjacente e as manifestações do ECG em pacientes críticos acometidos pela covid 19. Foi percebido que a COVID-19 impacta negativamente o sistema cardiovascular ocasionando anormalidades do ECG, devido ao aumento de citocinas, hipóxia, variações eletrolíticas, ruptura de placa, espasmo coronário, microtrombos, bem como lesão endotelial direta ou miocárdica. As alterações mais comuns no ECG é a taquicardia sinusal, seguida da fibrilação atrial ou flutter atrial, bradicardia, alterações do intervalo e do eixo (prolongamento do QT) e alterações do segmento ST e onda T. Portanto, o conhecimento dessas anormalidades pode estabelecer padrões de gerenciamento de pacientes, bem como auxiliar profissionais da urgência e emergência na avaliação e tratamento de pacientes com Covid-19.