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ENTRE O PROFANO E O SAGRADO: A CONCEPÇÃO FILOSÓFICA DO TEMPO EM KARL MARX E WALTER BENJAMIN

Pesquisas em Temas de Ciências Humanas

José Carlos Silvério dos Santos
Sueli do Carmo Oliveira

DOI: 10.46898/rfb.

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Sinopse

O trabalho busca identificar como a formulação da filosofia da história marxista, forjada sobre alguns pilares da ciência moderna, foi decisiva para pensar a experiência história e o tempo histórico na modernidade. A problemática levantada diz respeito à reflexão de Walter Benjamin que, ainda dentro da tradição do materialismo histórico, imprimiu um revestimento teológico à concepção de tempo histórico sem, contudo, escapar dos marcos de uma perspectiva profana. Marx afastou-se das concepções teológicas sobre a vida e encontrou, no final desse extremo, os germes dos dogmas da cientificidade. Para Benjamin a teologia deveria aliar-se ao materialismo histórico para com ele realizar a história e promover a salvação. Contudo, o aspecto teológico em Benjamin não o fez renunciar à práxis. Ao contrário, na dimensão do tempo em Benjamin subjazem as potencialidades redentoras que os homens devem assumir e realizar, nas suas disposições mais mundanas e profanas. Em Marx, embora a ação nunca tenha sido recusada, a âncora cientificista de sua conduziu comunistas e social-democratas a anuir com o nascimento e o desfecho do projeto nazifascista na Alemanha. Aqui esboçaremos as acepções controversas do tempo em Marx e em Benjamin. Nos textos do primeiro a gestação de uma certa sacralidade científica, nos do segundo, a possibilidade de aliar a ação redentora com a revolução profana, tudo isso tomando o tempo como elemento estruturante da elaboração das filosofias da história de ambos.

Data de publicação:

5 de março de 2023 17:49:32

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